quinta-feira, 27 de março de 2014

Conceitos Módulo 6 Unidade 5

Cientismo: atitude segundo a qual a ciência dá a conhecer as coisas como são, resolve todos os reis problemas da Humanidade e é suficiente para satisfazer todas as necessidade legítimas da inteligência humana. Positivismo: conjunto de doutrinas de Auguste Comte caracterizado sobretudo pelo impulso que deu ao desenvolvimento de uma orientação cientificista do pensamento filosófico, atribuindo à constituição e ao processo da ciência importância capital para o progresso de qualquer ramo do conhecimento e da sociedade. Realismo: conceção literária e estética segundo a qual o escritor e o artista devem representar o real tal como ele é, sem o idealizar. Impressionismo: movimento artístico dos finais do século XIX, sobretudo pictórico, nascido em Paris. Segundo os impressionistas, o principal elemento da sua arte é a luz e, através das suas diferentes intensidades, a cor. A cor não é empregue pelo que vale ou exprime por si mesma, mas pelo que evoca e traduz. Simbolismo: escola literária e pictórica da 2ª metade do século XIX, originária de França, caracterizada por uma visão subjetiva, simbólica e espiritual do Mundo e que adotou novas formas de expressão, traduzindo as impressões por meio de uma linguagem onde dominava a preocupação estética. Arte Nova: estilo artístico nascido na década final do século XIX, na França. Expandiu-se pela Europa e América. Opôs-se aos revivalismos da época, procurando o uso de novas formas expressivas na arquitetura, na pintura e nas artes decorativas, recorrendo a ornamentações assimétricas, inspiradas na Natureza e na arte japonesa.

Conceitos Módulo 6 Unidade 4

Regeneração: período da História portuguesa que se iniciou em meados do século XIX e se prolongou até à década de 1870, marcado especialmente pela ação de Fontes Pereira de Melo, em que se verifica um desenvolvimento económico do país, iniciando-se a revolução dos transportes e a industrialização, Politicamente, correspondeu a uma certa pacificação e à consolidação da democracia liberal. Fontismo: política de melhoramentos posta em prática pelo Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, criado em 1852, pelo Governo da Regeneração e primeiramente chefiado por António Maria Fontes Pereira de Melo, de onde retirou o seu nome. Indissociável do livre-cambismo e do capitalismo burguês, cujos interesses defendeu, a política "fontista" incidiu na criação de infraestruturas materiais para o desenvolvimento económico do País.

Conceitos Módulo 6 Unidade 3

Partido de massas: grupo político que depende da adesão popular para se instituir. Contrapõe-se à noção de "partido de quadros" ou "de comité", usualmente atribuída aos partidos liberais e burgueses so século XIX. Estes organizavam-se de cima para baixo, isto é, nasciam de associações de personalidades, formadas em torno de um chefe parlamentar ou de um político de nomeada. Sistema (ou sufrágio) maioritário: processo de representação que funciona do seguinte modo: dividea nação em círculos eleitorais e, em cada círculo, apenas admite a nomeação de deputados do partido aí mais votado, com exclusão de todos os outros, qualquer que tenha sido o seu número de votos. Referendo: auscultação da opinião pública por voto direto de todos os cidadãos. Laicismo: doutrina que proclama o carácter não-religioso das instituições sociopolíticas e culturais ou que, pelo menos, reclama a autonomia destas em face da religião. No século XIX e no princípio do século XX, o problema do laicismo colocou-se em toda a Europa e deu origem a duas grandes tendências: à separação do poder espiritual e do poder temporal, isto é, da Igreja e do Estado; e, em alguns casos, ao atísmo oficial. Sufrágio universal: sistema de votação em que a eleição é participada por todos os cidadãos, a partir da maioridade, sem exceções de sexo, riqueza , raça, nível de escolaridade, estado civil ou outras. Estado autoritário: estado despótico que se fundamenta no poder e na autoridade de uma minoria, exercido de modo arbitário sobre o conjunto dos governados. Nestes Estados, o poder apoia-se no exército e nas forças policiais e desempenha forte ação repressora sobre os cidadãos. Autocracia: governo exercido em nome pessoal; sistema político em que a vontade de um só homem é a lei suprema (do grego autokrateia, poder absoluto). Colonialismo/imperialismo: sistema de dominação (política, económica e cultural) das metrópoles sobre as colónias. O colonialismo europeu, com origem nas descobertas dos séculos XV e XVI, assumiu, no século XIX, uma feição de imperialismo (anexação desses territórios e efetivo exercício daquele domínio). Nacionalismo: política ou atitude de alguns Estados no sentido de uma defesa dos valores nacionais, como a raça, a História nacional, que, levada ao extremo, conduz a uma predisposição para a recuperação de fronteiras antigas e sua expansão, logo a uma atitude expansionista e bélica.

Conceitos Módulo 6 Unidade 2

Explosão demográfica: brusco aceleramento da taxa de crescimento da população mundial. Esse aceleramento, que ocorreu a partir de finais do século XVIII, deveu-se, sobretudo, à queda d taxa de mortalidade e atingiu primeiramente os países mais industrializados. Emigração: movimento populacional, voluntário e espontâneo, que implica o abandono do país de origem e instalação num país estrangeiro, definitivamente ou por um longo período de tempo. Sociedade de Classes: estrutura social estabelecida pelo liberalismo. Baseia-se na igualdade jurídica de todos os cidadãos perante a lei, no respeito pelos direitos naturais dos homens e pela liberdade individual em todos os setores. Aceita como únicas diferenças as resultantes das capacidades individuais, da profissão e do poder económico de cada um. Admite, deste modo, a mobilidade ascensional e descensional dos indivíduos. Profissões liberais: conjunto de profissões de natureza não comercial e não industrial que se exercem de modo livre e independente, por conta própria. Reconhecem-se como profissões liberais a medicina, a advocacia, a jurisprudência. Classes médias: grupos sociais muito heterogéneos que se formaram por meados do século XIX e que se distinguem do povo comum por possuírem uma situação económica mais estável e desafogada, sem contudo alcançarem a posição de riqueza, prestígio e poder de elites. Exercem profissões não braçais, detêm pequenos negócios no comércio ou na indústria, ou vivem de modestas pensões provenientes de bens móveis ou imóveis. Serviços: conjunto de atividades do chamado "setor terciário urbano" (segundo Colin Clark). Por outras palavras, as atividades que não produzem bens, mas desempenham tarefas úteis à coletividade ou a outrem. Incluem-se no setor dos serviços as atividades ligadas aos transportes, à armazenagem, às comunicações, à administração pública, aos serviços coletivos públicos (saúde, saneamento, bombeiros, polícias, professores, etc.) ou ainda as atividades desenvolvidas por empresas particulares no campo recreativo, hoteleiro, comercial e pessoal ou outras afins. Self-made man: expressão inglesa que significa, à letra, "o homem que se faz a si próprio". No século XIX, esta expressão foi empregue com frequência para designar os homens de origem humilde e sem preparação que, à custa dos próprios méritos e do trabalho, alcançaram uma posição de destaque nos negócios, na política, nas profissões liberais ou nas letras. Grémio: associação de carácter profissional, económico e, mais raramente, cultural, como no caso dos grémios literários. Filantropia: doutrina filosófica e política que visa alcançar a construção da felicidade humana pela prática do humanitarismo como meio para eliminar as injustiças reinantes na sociedade. (Etimologicamente, filantropia significa amor pela Humanidade ou humanitarismo). Consciência de classe: identificação do indivíduo com o grupo social a que pertence por razões profissionais, socioeconómicas ou político-culturais. Grau de consciência que um grupo social possui de si próprio enquanto entidade coletiva, unida pelas mesmas condições de vida e pelo mesmo estatuto político-económico. Proletariado: termo de origem romana que designa as camadas populacionais que não têm outro meio de sobrevivência que não seja venderem a sua força de trabalho (= capacidade de trabalho); assalariado. Embora incluísse, inicialmente, apenas os operários das indústrias, o termo foi-se generalizando ao longo do século XIX, passando a abranger os assalariados de todos os setores de atividade. Socialismo: sistema político-ideológico que nasceu na Europa durante o século XIX. Caracteriza-se por propor o estabelecimento de uma sociedade ideal onde, através da abolição da propriedade privada e da coletivização da economia, a igualdade económica e social fosse efetivamente conseguida, a par da igualdade jurídica e política. De raízes diversas, o socialismo apresenta diferentes feições ideológicas e deferentes práxis políticas. A corrente dominante é, desde finais do século XIX, a do socialismo marxista ou socialismo científico. Greve: suspensão coletiva da prestação de trabalho, resolvida por combinação prévia entre os trabalhadores subordinados de uma mesma empresa ou de empresas do mesmo setor, tendo por fim obter a satisfação de reivindicações de carácter profissional. Movimento operário: expressão utilizada para designar a luta dos operários em prol da sua causa. Como formas de luta, os operários usaram a formação de associações de entre-ajuda, as manifestações, as greves e os sindicatos. Iniciado ainda no primeiro quartel do século XIX, o movimento operário só tomou uma feição organizada e oficial após 1860-70 com o apoio e suporte ideológico do socialismo científico e do anarquismo. Sindicato: associação de carácter profissional que congrega trabalhadores coma mesma profissão ou profissões conexas, unidos pelo propósito de lutar pela defesa dos seus direitos profissionais, tanto no plano económico, como moral e político. Inicialmente considerados como associações privadas, os sindicatos alcançaram, nos finais do século XIX, o reconhecimento oficial, obtendo prerrgativas de direito público e sendo reconhecidos a nível político. Luta de classes: antagonismos de carácter profissional, económico e sociopolítico que opõem grupos sociais com interesses diferentes. Para Karl Marx, autor da expressão, só existem duas verdadeiras classes nas sociedades burguesas do século XIX: a burguesia e o operariado. Internacional Operária: designação dada a uma das várias associações estabelecidas para coordenar as organizações comunistas espalhadas por todo o Mundo. A I Inernacional foi fundada em 1864, em Lonfres, o seu protagonista mais importante foi Karl Marx e ficou conhecida por Internacional Operária.

Conceitos Módulo 6 Unidade 1

Capitalismo industrial: segunda fase do sistema económico capitalista (a primeira foi o capitalismo comercial, século XVI-XVIII - viagens de descobertas e de exploração). Surgiu na Inglaterra do século XVIII e foi instalado de forma hegemónica no século XIX, modificando o sistema de trabalho e de produção: da manufatura passou à maquinofatura que, através do recurso às máquinas a vapor, possibilitava maior rapidez e um aumento na produção. Foi marcado por transformações económicas, políticas, sociais e culturais: se por um lado, fez aumentar as margens de lucro para os donos das fábricas, possibilitou a descida de preços das mercadorias; por outro, conduziu ao desemprego, à diminuição dos salários, à degradação das condições de trabalho, à exploração de mão de obra feminina e infantil, à poluição (dos espaços, dos rios, atmosférica, sonora...), à ocorrência de acidentes com máquinas, entre outros. Rapidamente este sistema estendeu-se a outros países da Europa e aos EUA. Muitos países europeus introduziram este sistema económico na Ásia e na África, mas foram explorados pelos europeus num contexto de neocolonialismo, fornecendo matérias-primas e riquezas e consumindo produtos industrializados fabricados na Europa, sendo que o Japão começou a sobressair como potência emergente. Este sistema económico conheceu períodos de crises cíclicas, particularmente a partir do terceiro quartel do século XIX. Progressos cumulativos: inovações científicas e técnicas que se potencializaram mutuamente, desenrolando-se numa dinâmica própria em que cada novo progresso servia de incentivo para se chegar ao seguinte. Empresa: instituição económica, pública ou privada, ligada à produção industrial, à comercialização ou aos serviços. Moeda fiduciária: denominam-se deste modo os meios de pagamento monetário ( como as notas bancárias, ou as moedas atuais) cujo valor de circulação - o valor facial ou nominal ( o que está escrito neles) - não corresponde ao valor real dos materiais em que são feitos, representando apenas um valor convencional que corresponde a igual valor em metais preciosos depositados nos cofres dos bancos emissores. Tais moedas presumem a confiança (fides) do público na existência de tais reservas no banco emissor. Sociedade anónima: forma de constituição de uma empresa, cujo capital se encontra fracionado em títulos de igual valor (ações) que pertencem a vários titulares, geralmente não identificados. Os titulares das ações têm direito a uma percentagem dos lucros da empresa, proporcional ao valor das ações possuídas, mas também respondem, apenas na mesma proporção, pelos gastos e dívidas da mesma. Os títulos ou ações podem ser revendidos nas Bolsas, aumentando assim a capital disponível da empresa e permitindo lucros especulativos. Capitalismo financeiro: terceira fase do sistema económico que começou a emergir a partir do terceiro quartel do século XIX, isto é, no período de expansão imperialista (1875-1914), e que viria a consolidar-se após a 1ª Guerra Mundial. Caracteriza-se pelo desenvolvimento da Banca e de grandes grupos empresariais. Taylorismo: doutrina de racionalização do trabalho industrial que visa a maximização do rendimento técnico do binómio trabalhador-equipamento, pela mecanização e automatização dos atos dos operários, pela eliminação dos tempos mortos e gestos inúteis e pela redução do esforço físico e psicológico dos trabalhadores. Foi enunciada pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor com base na divisão metódica das tarefas laborais, na adequação dos diferentes tipos de tarefas entre si e nas aptidões dos diversos trabalhadores. Estandardização: uniformização dos modelos produzidos em série; redução da produção a um só modelo. Capitalismo rural: sistema económico utilizado por um conjunto de empresários e de instituições financeiras, cujo capital resultou dos lucros obtidos em atividades produtivas rurais (agricultura, viticultura, criação de gado, pecuária...), as quais visavam a grande produção e a sua total mercantilização, de modo a obter o máximo de lucros, reinvestíveis na agricultura ou noutras atividades económicas. Zollverein: acordo de unificação aduaneira que uniu os Estados da Confederação Alemã desde 1834 até à proclamação do I Reich, em 1871 (Chanceler Bismarck). Crise cíclica: perturbações da vida económica que ocorrem em intervalos de tempo regulares.

Conceitos Módulo 5 Unidade 5

Liberalismo económico: conjunto de princípios regulou a gestão da vida económica nos regimes liberais. Inspirado na ideia iluminista da ordem natural e respeitando como corolário máximo a liberdade individual, o liberalismo faz repousar o bem-estar económico da sociedade nos princípios da livre iniciativa privada, exercida em livre concorrência, prescrevendo toda e qualquer intervenção do Estado em matéria económica. Romantismo: movimento cultural (literário, artístico e filosófico) que se difundiu na Europa e na América entre finais do século XVIII e meados do século XIX. Contrapõe-se ao neoclassicismo e exalta o individualismo, a subjetividade, a imaginação e os sentimentos. Época Contemporânea: último período da evolução histórica, aquele em que se estabeleceram os padrões culturais e civilizacionais do mundo atual. A historiografia inicia-o com as transformações provocadas pelos efeitos conjuntos do liberalismo e da revolução industrial; convencionalmente, escolheu-se para sua data inicial a da Revolução Francesa, 1789.

Conceitos Módulo 5 Unidade 4

Jacobinismo: nome atribuído ao ideário político dos membros do Clube Jacobino que, durante a Revolução Francesa, se caracterizaram por uma atitude revolucionária, radical e antirreligiosa. Nesta época, em Portugal, o termo designava, pejorativamente, todos os simpatizantes do liberalismo. Vintismo: nome atribuído à ideologia liberal e à fação política defendida pelos revolucionários de 1820. Foi apelidada de radical pelas outras fações liberais existentes, por restringir os direitos do Rei e suprimir os privilégios da nobreza e clero tradicionais (e ainda embora em menor grau, pela abertura que concedeu à liberdade de opinião e pensamento e à reforma do ensino). Cartismo: designação que se atribui ao liberalismo moderado, em Portugal, o qual, na sua generalidade, segue os princípios ideológicos patentes na Carta Constitucional de 1826. O termo generalizou-se após a Revolução Setembrista de 1836, opondo-se ao "setembrismo" que defendia o regresso ao ideário democrático e progressista da Constituição de 1822. Setembrismo: fação mais democrática e popular do liberalismo português, inspirada no vintismo (isto é, adepta da Constituição de 1822). Surgiu com a Revolução de Setembro de 1836, golpe de Estado parlamentar que se apôs a um certo conservadorismo do regime cartista instalado em 1834. Teve como líderes os irmãos José e Manuel Passos (vulgo, Passos Manuel), Soares Caldeira, Leonel Tavares e José Estêvão. Afastado do poder em 1842, com a ascensão do cabralismo, o setembrismo perdurou como ideário político até ao advento do republicanismo. Cabralismo: nome atribuído à política desenvolvida por Costa Cabral nos seus dois governos: de 1842 a 1846 e de 1849 a 1851. apoiado pela nova aristocracia liberal dos barões e viscondes (a alta burguesia fundiária, comercial e financeira), o seu projeto político visava o progresso do país pelo desenvolvimento das obras públicas e modernização da administração.

Imagem que simboliza o Módulo 5 Unidade 3


Conceitos Módulo 5 Unidade 2

Fisiocratismo: doutrina económica de cariz iluminista que considera a terra como única fonte de riqueza e a agricultura como a atividade fundamental; defende o direito individual à propriedade e à livre iniciativa; propõe a abolição de todos os entraves à livre circulação dos produtos e condena a interferência do Estado na vida económica. Esta doutrina desenvolveu-se no século XVIII e foi teorizada por filósofos e economistas como Adam Smith (1723-1790), François Quesnay (1694-1774) e Gournay (1712-1759). Terceiro Estado: expressão utilizada nos finais do século XVIII para designar a população não privilegiada. Encabeçado pela burguesia, que o representava nas Cortes (Estados Gerais), o Terceiro Estado incluía todos os estratos e profissões populares, possuindo, por isso, o significado de " povo comum". Assembleia dos Notáveis: órgão consultivo do poder central, composto pelos mais altos dignatários das ordens privilegiadas. Estados Gerais: órgão político de carácter consultivo e deliberativo, constituído pelos representantes das três ordens sociais. Teve a sua origem nas Cortes medievais e foi o mais alto órgão político até ao século XVII. Com a ascensão do absolutismo, perdeu a sua força, não reunindo, em França, desde 1614. Jacquerie: nome atribuído, em França, aos levantamentos e tumultos populares. Monarquia Constitucional: forma de monarquia em que o rei detém apenas uma parcela do poder soberano (em regra, o poder executivo), estando os restantes poderes divididos por uma Assembleia ou Parlamento e pelos Tribunais. Assenta nos princípios de soberania da Nação e na separação dos poderes, e reconhece a superioridade da lei, patente numa Constituição. Soberania nacional (da Nação): conceito-base da democracia que faz repousar o poder maior de um Estado na vontade da maioria da sua população. Sufrágio censitário: tipo de votação que apenas admite como votantes (eleitores) os cidadãos que paguem o censo, imposto devido pela posse de uma terra ou de um contrato de usufrutuário. Terror: etapa da Revolução Francesa que coincidiu com o governo da Convenção Montanhesa, isto é, de junho de 1793 a julho 1794. Foi o período mais sangrento da Revolução, marcado pela repressão social, por violentas perseguições políticas, prisões e execuções em massa. Estado laico: Estado onde o poder político se reconhece como não religioso e mantém uma altitude de isenção e neutralidade face à(s) religião(ões).

Conceitos Módulo 5 Unidade 1

Constituição: documento legislativo que contém os princípios gerais e as normas jurídicas fundamentais de um Estado, emanadas de uma assembleia eleita ou constituída para o efeito. A Constituição de um Estado define a sua forma política e os direitos e deveres essenciais dos seus cidadãos. Revolução liberal: conjunto de movimentações político-militares que, entre o último quartel do século XIX, derrubaram o absolutismo monárquico e implantaram o liberalismo, assente na igualdade dos direitos individuais, na soberania nacional e no principio da separação políticos.

Imagem que simboliza o Módulo 4 Unidade 4


Conceitos Módulo 4 Unidade 4

Iluminismo: Movimento cultural e filosófico que se desenvolveu na Europa, no século XVIII (Século das Luzes), e que se caracterizou pela afirmação do valor da Razão e do conhecimento para atingir o progresso; pela crítica da ordem política, social e religiosa existente e pela defesa dos ideais de liberdade, igualdade, tolerância e justiça. Direito Natural: privilégio ou prerrogativa que resulta e deriva da natureza física e biológica dos seres, isto é, aquele que advém das condições naturais, iguais à nascença para todos os seres humanos. Contrato social: nas teorias políticas que admitem a soberania popular, é o acordo, tácito ou explícito, celebrado entre o indivíduo e a sociedade, o que legitima a transferência de poder desta para o governante. Nesta acção, é pelo contrato social que se institui o Estado e os órgãos do Governo. Separação dos poderes: teoria que vê o poder político dividido em três poderes específicos - o legislativo, o executivo e o judicial - , que devem funcionar separadamente, entregues a órgãos políticos diferentes e independentes.

Imagem que simboliza o Módulo 4 Unidade 3


Conceitos Módulo 4 Unidade 3 - (Triunfos dos estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII)

Mercantilismo: Teoria económica enunciada nos séculos XVI,XVII e XVIII, que defende uma forte intervenção do Estado na economia. O objetivo dessa intervenção era o aumento da riqueza nacional, identificada com a quantidade de metais preciosos acumulados pelo país. São características do mercantilismo as medidas de tipo protecionista e monopolista. O termo mercantilismo designa, igualmente, as políticas económicas que, de acordo com esta teoria, foram implementadas em grande parte dos países europeus no século XVII e na primeira metade do século XVIII. Balança Comercial: Termo que designa a relação entre o montante das importações e das exportações. Caso o volume das exportações ultrapasse o das importações, a balança comercial é positiva, o que se identifica com a prosperidade do país. Proteccionismo: Política económica que impede a livre circulação de mercadorias. O protecionismo traduz-se, geralmente, por um aumento dos direitos alfandegários sobre as importações. O objetivo desta medida é permitir o desenvolvimento das produções internas que, desta forma, se tornam mais competitivas. Manufactura: Num sentido lato, o termo designa as diferentes atividades industriais que não empregam maquinaria e que, por isso, são características das épocas pré-industriais. Em sentido restrito, aplica-se às grandes unidades transformadoras típicas dos séculos XVII e XVIII que, para além da concentração de trabalhadores, recorriam já à divisão do trabalho e ao uso de tecnologia própria (mas não de maquinaria). Companhia Monopolista: Associação económica geralmente de cariz comercial, à qual o Estado conferia direitos exclusivos sobre determinado produto ou área de comércio. No século XVII organizaram-se numerosas companhias monopolistas, na sua maior parte destinadas ao comércio colonial. As mais poderosas foram as Companhias das Índias Orientais, as quais os estados (Holanda, Inglaterra, França) conferiam poderes de justiça, administração e defesa no Oriente. Estas companhias representavam os respectivos países, negociando tratados e conquistando territórios, pelo que, para além dos direitos de comércio, detinham um grande poderio territorial e militar. Capitalismo Comercial: Sistema económico caracterizado pela procura do maior lucro, pelo espírito de concorrência e pelo papel determinante do capital como motor do desenvolvimento económico. Característico da Idade Moderna (séculos XV a XVIII), o capitalismo comercial tem no grande comércio (e não na indústria) o seu setor mais lucrativo. Os capitais aí acumulados fizeram desenvolver as primeiras formas de capitalismo financeiro, materializado nas atividades bancário e bolsista. Exclusivo Comercial: Forma de exploração económica que reserva para a metrópole os recursos e o mercado das colónias. Trata-se de uma medida protecionista cujo objetivo é garantir a obtenção de matérias-primas e produtos exóticos a baixos preços, bem como escoar as produções manufacturadas do país dominador. Mercado Nacional: Diz-se da capacidade aquisitiva da procura interna que, no caso da Inglaterra, no século XVIII, foi favorecida por:-revolução demográfica;- abolição dos entraves à circulação de produtos;- incrementos dos transportes;- crescimento urbano. Comércio Triangular: Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes europeu, africano e americano. Este comércio, que prosperou sobretudo nos séculos XVII e XVIII, era suportado pelas necessidades de mão-de-obra das colónias americanas que dependiam dos contingentes negros para as suas plantações e explorações mineiras. Tráfico negreiro: Intenso comércio de escravos negros que canalizou para a América grande número de africanos, na sua maioria comprados ou aprisionados nas costas da Guiné, de Angola e de Moçambique. Os escravos eram transportados em grandes navios negreiros, nas mais desumanas condições, pelo que uma parte significativa sucumbia durante a viagem. Bolsa de valores: Instituição financeira em que se transacionam bens mobiliários, como fundos do Estado, ações e obrigações. Revolução Industrial: Em sentido estrito, é um conjunto de transformações técnicas e económicas que se iniciaram na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da América do Norte no decorrer do século XIX. Considera-se, geralmente, que foi a invenção da máquina a vapor e sua subsequente aplicação aos transportes e à indústria que provocaram a rápida mudança nos modos de produção (da manufactura passou-se à maquinofactura). Em sentido lato, a revolução industrial significa o conjunto de modificações estruturais profundas que se estabeleceram na economia, na sociedade e na mentalidade do mundo ocidental, no período atrás referido. Bandeirante: Indivíduo participante numa bandeira, termo pelo qual, a partir do século XVIII, ficaram conhecidas as expedições armadas que percorriam o interior do Brasil em busca de ouro ev escravos. As bandeiras prolongaram-se do século XVI ao século XVIII., tendo como centro São Paulo, pelo que os bandeirantes são também conhecidos como “paulistas “ ou “gentes de São Paulo”. A ação dos bandeirantes foi também da maior importância para o conhecimento do território e para a fixação das fronteiras do Brasil.

Imagem que simboliza o Módulo 4 Unidade 2


Conceitos Módulo 4 Unidade 2

Antigo Regime: Designação atribuída ao regime político-social que caracterizou a Europa entre os séculos XV-XVI e os finais do século XVIII, isto é, do período da Expansão ultramarina dos estados europeus e do Renascimento até ás Revoluções Liberais. A designação Ancien Régime teve origem na França. Alguns países, como a Inglaterra e a Holanda não conheceram este regime. Sociedade de ordens: Organização social em que existem grupos ou estratos sociais claramente diferenciados sob o ponto de vista jurídico, condição de nascimento, prestígio das funções que exercem, trajos e outros. Ordem/estado: Grupo social dotado de estatuto jurídico próprio, atribuído de acordo com a dignidade e prestígio reconhecidos à condição de nascimento dos seus membros ou à função que desempenham na sociedade. Estratificação social: Divisão das sociedades em grupos hierarquizados, segundo determinados critérios: étnicos, económicos, ideológicos ou outros. Mobilidade social: Fenómeno social que se traduz na circulação ou movimento de indivíduos, de ideias ou de valores sociais, de uma camada considerada inferior para uma superior e vice-versa. Privilégio: Direito ou vantagem conferido a certa pessoa, grupo, classe ou ordem, que os demais não têm. Nobreza de sangue: Nobres de linhagem, isto é, que herdavam a sua condição social dos seus antepassados, pelo nascimento. A nobreza de sangue foi uma nobreza de casta (= fechada sobre si própria), que procurou, através de casamentos entre os seus iguais, o apuramento do sangue, fator da superioridade do seu estado. Nobreza de toga: Categoria nobiliárquica constituída pelos elementos do Terceiro Estado que haviam sido nobilitados por concessão dos monarcas: por mérito pessoal, por favores ou serviços prestados, ou por inerência dos cargos desempenhados ( no Antigo Regime, certos cargos do funcionalismo público - diplomáticos, judiciais e administrativos - podiam nobilitar). Degredo: Pena imposta por certos crimes que consistia em enviar o condenado, temporária ou definitivamente para um desterro ou exílio longínquo.

Imagem que simboliza o Módulo 4 Unidade 1

Conceitos Módulo 4 Unidade 1

Demografia: Ciência que estuda e descreve a(s) população(ões) quanto ao número, estado físico, intelectual e moral, movimentos gerais, composição, comportamentos específicos e sua evolução, num determinado período ou lugar. Em sentido lato, pode definir-se como "a história natural e social da espécie humana" (A. Guillard). Taxa de Natalidade: Número de nascimentos ocorridos no espaço de um ano, em cada mil habitantes de uma dada população. Taxa de Mortalidade: Número de mortes verificadas anualmente em cada mil habitantes de uma determinada região ou país. Esperança de vida: Duração média da vida humana (em anos), numa dada sociedade e num dado período de tempo. Crise demográfica: Momento da evolução demográfica de uma população que se caracteriza por um aumento rápido e anormal da mortalidade, seguido de uma redução coletiva dos casamentos e das conceções, não havendo reposição demográfica. Em épocas passadas eram originadas, geralmente, por crises de subsistência (fomes), associadas ou não a pestes e guerras. Guerra dos 30 Anos: Guerra de origens e motivações político-religiosas, que envolveu vários países da Europa no século XVII (1618-1648). Pirâmide das Idades: Representação gráfica da repartição da população segundo a idade e o sexo.

Conceitos Módulo 4 Unidade 4

Iluminismo: Movimento cultural e filosófico que se desenvolveu na Europa, no século XVIII (Século das Luzes), e que se caracterizou pela afirmação do valor da Razão e do conhecimento para atingir o progresso; pela crítica da ordem política, social e religiosa existente e pela defesa dos ideais de liberdade, igualdade, tolerância e justiça.
 Direito Natural: privilégio ou prerrogativa que resulta e deriva da natureza física e biológica dos seres, isto é, aquele que advém das condições naturais, iguais à nascença para todos os seres humanos.
 Contrato social: nas teorias políticas que admitem a soberania popular, é o acordo, tácito ou explícito, celebrado entre o indivíduo e a sociedade, o que legitima a transferência de poder desta para o governante. Nesta acção, é pelo contrato social que se institui o Estado e os órgãos do Governo.
 Separação dos poderes: teoria que vê o poder político dividido em três poderes específicos - o legislativo, o executivo e o judicial - , que devem funcionar separadamente, entregues a órgãos políticos diferentes e independentes.